segunda-feira, 19 de abril de 2010

FESTA DO DIVINO EM PIRENEPOLIS:PATRIMÔNIO IMATERIAL


Festa do Divino
Comemoração tem sete séculos de existência
Festa do Divino de Pirenópolis agora é Patrimônio Cultural Brasileiro



Agência Brasil

Publicação: 17/04/2010 14:58

Reconhecida no último dia 15 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, a Festa do Divino Espírito Santo é realizada todos os anos na cidade goiana de Pirenópolis, a 150 quilômetros da capital federal.

Praticamente toda a cidade se envolve na preparação dos festejos, que atraem visitantes de todo o mundo no mês de maio, data de sua realização.

"A festa já está enraizada no cotidiano dos moradores de Pirenópolis, determinando os padrões de sociabilidade local e consolidando-se como elemento fundamental da identidade cultural da cidade", diz o Iphan. Em suas pesquisas, o Iphan concluiu que a festa pode ser considerada um "fato social total".

Celebrada desde 1819, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis é a segunda manifestação religiosa registrada no Livro das Celebrações Religiosas da cidade. Ela é considerada uma das mais expressivas celebrações do Espírito Santo no país, por seu número de rituais, personagens e componentes, como a encenação das cavalhadas de mouros e cristãos, em que mascarados montados a cavalo percorrem as ruas da cidade e "lutam" em uma arena.
Extraído de: Agência Brasil-17 de abril de 2010 Edição Nádia Franco.
HISTÓRIA
A Festa do Divino é realizada sete semanas depois do Domingo de Páscoa, no dia de Pentecostes, para comemorar a descida do Espírito Santo sobre os doze apóstolos. Mas essa tradicional festa do folclore brasileiro é uma mistura de manifestações religiosas e profanas - isto é, sem caráter sagrado.

A origem da Festa do Divino se encontra em Portugal do século 14, com uma celebração estabelecida pela rainha Isabel (1271-1336) por ocasião da construção da igreja do Espírito Santo, na cidade de Alenquer. A devoção se difundiu rapidamente e tornou-se uma das mais intensas e populares em Portugal.

Por isso, chegou ao Brasil com os primeiros povoadores. Há documentos que atestam a realização da festa do Divino em diversas localidades brasileiras desde os séculos 17 e 18.

O Império do Divino
Originalmente, a Festa do Divino constituía-se do estabelecimento do Império do Divino, com palanques e coretos, onde se armava o assento do Imperador, uma criança ou adulto escolhido para presidir a festa, que gozava de poderes de rei. Tinha o direito, inclusive, de ordenar a libertação dos presos comuns, em certas localidades do Brasil e de Portugal.

Para arrecadar os recursos de organização da festa, fazia-se antecipadamente a Folia do Divino: grupos de cantadores visitavam as casas dos fiéis para pedir donativos e todo tipo de auxílio. Levavam com eles a Bandeira do Divino, ilustrada pela Pomba que simboliza o Espírito Santo e recebida com grande devoção em toda a parte. Essas Folias percorriam grandes regiões, se estendendo por semanas ou meses inteiros.

A Festa do Divino atual
A tradição da Festa do Divino se mantém viva ainda hoje em vários Estados brasileiros. Em Pirenópolis, Goiás, ela é uma mescla de várias manifestações folclóricas. Além das cavalhadas, representando as batalhas entre mouros e cristãos, há a alvorada, os mascarados e representação teatral. Na parte religiosa da festa, há novenas, missas e procissões.
Fonte http://educacao.uol.com.br/folclore/ult1687u36.jhtm acesso em 19/03/2010.

1 comentários:

Vagner disse...

Super interessante, o que inclusive me levou a desenvolver um trabalho com este tema. Parabéns pela postagem.

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